Carta que jaz
Nos contornos dos meus braços:
Nos meus olhos choram lágrimas
Que nunca te disse em palavras.
A distância que nos mata
Soletra cada memória,
Cada riso... cada choro... (sem fim)
Todos os pedaços de mim...
Oh, Carta que jazes!
Quando os meus olhos choram
E me recordo dela,
Escrevo em ti coração, em aguarela…
Sofro no silêncio cruel!
Mágoas que me mordem as palavras,
E não te as sei dizer em vida
Com medo da despedida.
Ainda não acordaste e eu já tenho
Uma carta na algibeira e uma lágrima no olho.
Vou trazer-te sempre presente,
No meu coração quente…
Seguro as palmas das tuas mãos doiradas
Onde me criaste com amor
Parto agora, mas regresso
Mas mais um beijo, só te peço.
Não me desprendo de ti
Nunca te perderei!
És sem dúvida a melhor
Mãe que o mundo tem…