sábado, 29 de janeiro de 2011

carta que jaz

Carta que jaz

Nos contornos dos meus braços:

Nos meus olhos choram lágrimas

Que nunca te disse em palavras.

A distância que nos mata

Soletra cada memória,

Cada riso... cada choro... (sem fim)

Todos os pedaços de mim...

Oh, Carta que jazes!

Quando os meus olhos choram

E me recordo dela,

Escrevo em ti coração, em aguarela…

Sofro no silêncio cruel!

Mágoas que me mordem as palavras,

E não te as sei dizer em vida

Com medo da despedida.

Ainda não acordaste e eu já tenho

Uma carta na algibeira e uma lágrima no olho.

Vou trazer-te sempre presente,

No meu coração quente…

Seguro as palmas das tuas mãos doiradas

Onde me criaste com amor

Parto agora, mas regresso

Mas mais um beijo, só te peço.

Não me desprendo de ti

Nunca te perderei!

És sem dúvida a melhor

Mãe que o mundo tem…