Quando um Homem chora...
Não choram só os seus olhos:
Choram-lhe as saudades, as angústias,
Os receios e os seus medos.
Choram-lhe os momentos, as memórias.
Chora-lhe o peito, o rosto e as mãos.
Chora-lhe a espinha, o cabelo e o coração.
Pesa-lhe tanto na alma... Na alma do Homem que chora!
O seu sofrimento, o seu desespero...
Perdera agora um irmão.
Os seus olhos ensopados, vermelhos, doridos.
O seu rosto desolado, sem sentido... morto.
Quando olho para ele sinto a sua dor...
Vivo na pele os momentos com o seu irmão.
Sinto a sua perda...
Sinto a sua solidão!
Pelo Homem que chora
Eu lhe estendo a mão!
Na altura era ele garoto
Segurando a mão, do seu irmão...
No seu rosto agora envelhecido
Sobre os anos que sustenta...
Vejo ainda uma criança
Que as lágrimas não aguenta...
O seu soluçar mostra bem...
As saudades que ele tem!
Não fora apenas um irmão
Fora um amigo do fundo do coração.
A sua dor, a sua fraqueza!
Ainda não comeu nada este dia
Mas mantém-se firme e forte,
Na presença do seu falecido irmão
Pela força deste Homem eu admito
Que em mim há toda a fraqueza do mundo!
Não seria nunca capaz de ostentar o seu sofrimento, a sua dor!
Nunca seria capaz de lutar como ele lutou!
As mãos dele tremem, o seu corpo esfria.
O seu rosto esbatido em lágrimas.
Mas ele ainda segura a mão do passado.
Recorda com as suas lágrimas o seu irmão mais amado...
O Homem que parte no rosto leva presente:
O amor que todos lhe guardamos,
A glória da sua vida, as lágrimas da sua partida! Pois
O amor nunca se perde, por muito que um Homem tente!
Depois de um pai e agora um irmão
Este Homem pode já não ter nada
Mas tem agora presente
O Amor e o Orgulho do filho do seu coração!
quinta-feira, 8 de dezembro de 2011
sexta-feira, 2 de dezembro de 2011
Deambulante pelas calhas
O homem apaga-se nas esquinas da cidade
É tão recôndito o seu intelecto
Desmorona a sua própria vida
Fuma o ultimo cigarro do dia
Recolhe-se no seu habitáculo
Diz as últimas palavras da noite
E faz amor com os seus sonhos
Não pertence a ninguém
Paga a conta duma alma sem corpo
Não foi ninguém em tempos
Não será ninguém agora
Foge dos seus próprios medos
Corroí o seu sangue com vitimas da sua vida
É um homem de nome
Um corpo na solidão
De o ver, soletro cada pedaço de mim
Para que não contacte com ele
Cheira a morte e a medo
É um podre pedaço mutilado da sociedade
Sobre ele há pouco para contar
Ignorado, desterrado, ingrato
arrogante, nocivo para o ambiente
Conta-se que viveu um grande amor
Não obstante à curiosidade está o rancor
O ódio e o d'escarnio,
Guardo distância dele, o seu cheiro incomoda
De relance miro-o enquanto oiço a sua história
Em tempos um nobre rapaz
De afortunada família
Desgraçou todo o seu esplendor
Numa jovem fêmea que enamorava
Conta-se que eram felizes em tempos
Se amavam tanto que se fundiam e eram só um
Um corpo dividido entre sexos, na plenitude da juventude
Que mutilavam as relações com os outros, eram só eles
Aguardava ele a sua chegada
Desesperado pela demora
Espeta em si as suas cartas
O seu perfume e adormece... durante anos sem ela
Ela, já não era ela, já não existia no seu mundo
Fora sempre uma ilusão, uma imagem vazia
Rompe-se então num bruto desengano
Guardar a morte dela na vida do corpo dele
Larga portas do mundo que já nem fazia parte
E leva-a longe da sua terra
Sobrevive do sangue e da carne das suas memórias
Vai morrendo ele também junto do corpo dela
Abraça-a todas as noites numa envolvência
De raiva e ódio, amor cruel o daquele pobre
Arranha-se no corpo dela para ela sentir
A sua presença onde quer que ela se encontre
Vagueia agora este corpo dela e dele
Pelas calhas da minha cidade
Impestar a pureza do mundo
Com a loucura dum amor predilecto
Este homem garante que amou
Amou tão intensamente que se fundiu com ele
Foi tão intenso, tão vibrante, tão intimo
Que deixou de ser humano
É algo que a loucura compreende como normal
Romântico, apaixonado, louco um pouco
Para nós é o puro sadismo e ofensa
Livre-mo-nos nós do pecado dos seus olhos
Foi na loucura do seu amor que me recosto
Na cadeira do jardim, e me deparo
Com a intensidade que um sentimento pode eventualmente ter
O homem apaga-se nas esquinas da cidade
É tão recôndito o seu intelecto
Desmorona a sua própria vida
Fuma o ultimo cigarro do dia
Recolhe-se no seu habitáculo
Diz as últimas palavras da noite
E faz amor com os seus sonhos
Não pertence a ninguém
Paga a conta duma alma sem corpo
Não foi ninguém em tempos
Não será ninguém agora
Foge dos seus próprios medos
Corroí o seu sangue com vitimas da sua vida
É um homem de nome
Um corpo na solidão
De o ver, soletro cada pedaço de mim
Para que não contacte com ele
Cheira a morte e a medo
É um podre pedaço mutilado da sociedade
Sobre ele há pouco para contar
Ignorado, desterrado, ingrato
arrogante, nocivo para o ambiente
Conta-se que viveu um grande amor
Não obstante à curiosidade está o rancor
O ódio e o d'escarnio,
Guardo distância dele, o seu cheiro incomoda
De relance miro-o enquanto oiço a sua história
Em tempos um nobre rapaz
De afortunada família
Desgraçou todo o seu esplendor
Numa jovem fêmea que enamorava
Conta-se que eram felizes em tempos
Se amavam tanto que se fundiam e eram só um
Um corpo dividido entre sexos, na plenitude da juventude
Que mutilavam as relações com os outros, eram só eles
Aguardava ele a sua chegada
Desesperado pela demora
Espeta em si as suas cartas
O seu perfume e adormece... durante anos sem ela
Ela, já não era ela, já não existia no seu mundo
Fora sempre uma ilusão, uma imagem vazia
Rompe-se então num bruto desengano
Guardar a morte dela na vida do corpo dele
Larga portas do mundo que já nem fazia parte
E leva-a longe da sua terra
Sobrevive do sangue e da carne das suas memórias
Vai morrendo ele também junto do corpo dela
Abraça-a todas as noites numa envolvência
De raiva e ódio, amor cruel o daquele pobre
Arranha-se no corpo dela para ela sentir
A sua presença onde quer que ela se encontre
Vagueia agora este corpo dela e dele
Pelas calhas da minha cidade
Impestar a pureza do mundo
Com a loucura dum amor predilecto
Este homem garante que amou
Amou tão intensamente que se fundiu com ele
Foi tão intenso, tão vibrante, tão intimo
Que deixou de ser humano
É algo que a loucura compreende como normal
Romântico, apaixonado, louco um pouco
Para nós é o puro sadismo e ofensa
Livre-mo-nos nós do pecado dos seus olhos
Foi na loucura do seu amor que me recosto
Na cadeira do jardim, e me deparo
Com a intensidade que um sentimento pode eventualmente ter
Verdadeiramente integrado no meu interior
Hoje alguém me ofereceu um sorriso.
Não liguei, desviei o olhar e segui até casa.
Debruço-me agora nessa memória
E recordo aquele sorriso!
O que é que torna um sorriso especial?
Uma ligação... uma expressão... um momento!
Na minha memória revivo aqueles segundos...
E parei instantaneamente naquela face...
De repente começas a recordar pormenores:
Os seus olhos eram opacos; os cabelos sujos;
A sua pele mal tratada e envelhecida.
Mas o seu sorriso tão juvenil e provocador!
Seremos assim tão diferentes, interiormente?
Somos intemporais no interior,
Somos aquela criança, que nada tem a perder!
Fecha os olhos e vive dentro de ti.
Aqueles olhos são declaradamente o nevoeiro,
Aquela pele as folhas secas do outono.
Os seus cabelos frios de inverno
E eu aqueço-me nas minhas recordações.
Ao lembrar-me de todos as expressões
Impregno a sua unicidade, liberdade!
Estão dentro de mim
Mas consigo-as sentir à flor da pele.
Prevejo-me incorporado em mim,
Metamorfiso o meu intelecto!
Invejo a pessoa que vive em mim
E vivo uma vida dentro dela!
Tudo por um momento...
Tudo por uma expressão...
Tudo para ser alguém...
Tudo o que sou é tudo à minha volta!
Não liguei, desviei o olhar e segui até casa.
Debruço-me agora nessa memória
E recordo aquele sorriso!
O que é que torna um sorriso especial?
Uma ligação... uma expressão... um momento!
Na minha memória revivo aqueles segundos...
E parei instantaneamente naquela face...
De repente começas a recordar pormenores:
Os seus olhos eram opacos; os cabelos sujos;
A sua pele mal tratada e envelhecida.
Mas o seu sorriso tão juvenil e provocador!
Seremos assim tão diferentes, interiormente?
Somos intemporais no interior,
Somos aquela criança, que nada tem a perder!
Fecha os olhos e vive dentro de ti.
Aqueles olhos são declaradamente o nevoeiro,
Aquela pele as folhas secas do outono.
Os seus cabelos frios de inverno
E eu aqueço-me nas minhas recordações.
Ao lembrar-me de todos as expressões
Impregno a sua unicidade, liberdade!
Estão dentro de mim
Mas consigo-as sentir à flor da pele.
Prevejo-me incorporado em mim,
Metamorfiso o meu intelecto!
Invejo a pessoa que vive em mim
E vivo uma vida dentro dela!
Tudo por um momento...
Tudo por uma expressão...
Tudo para ser alguém...
Tudo o que sou é tudo à minha volta!
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