Tudo o que exagera dói, cansa, farta
E não é esta casa vazia a estas horas
Que me vai dar vontade de dormir
Mas também não me acorda, entorpece-me
Sinto o vício caloroso da minha cama
A deliciar-se pelo meu corpo inerte
Mas só esta angústia perdura
Nesta noite que me prende à insónia
Se ao menos a insónia me fizesse feliz
Passaria noites a fio, a ser o que é ser criança
Se ao menos as noites não fossem tão sós
Talvez a insónia não custava tanto a viver
Ai... Que este enfarte de falta de sono
Me tira do sério, alguém mo tire de mim
Peço só por uma boa noite de sono
O que é que há de melhor do que dormir?
Facilmente o relógio pede favores às 4/5 da manhã
E eu deambulando pelos minutos da madrugada
Sem saber quando é que o sono vai chegar
Sempre a pensar que daqui a nada tenho de acordar
Henrique Santos
quarta-feira, 1 de outubro de 2014
Fecho os olhos, abro os braços
Levanto o rosto, abro a boca
É tempo de sentir a chuva
A molhar-me o sangue
Penetrar-me por entre os ossos
Que mal me podes fazer
Quando só queres ser minha?
Haverá algum mal
Dar-te espaço dentro de mim
Para que prospere um grande amor?
Sento-me à sombra de um sobreiro
Sinto o calor deste Alentejo
Fecho os olhos e inspiro
Os odores deste paraíso
Ao menos o verão é todos os anos
Endoideço com as tuas crónicas
Leio-te entre suores frios e quentes
Diz-me se há algo melhor
Que toda a raiva e paixão
Que despertas em mim!
Um dia vai haver tempo para nós
Um dia vai haver tempo para amar
Fecho os olhos, abro os braços
Levanto o rosto, abro a boca
É tempo de te começar a amar
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