quarta-feira, 1 de outubro de 2014

Fecho os olhos, abro os braços
Levanto o rosto, abro a boca
É tempo de sentir a chuva
A molhar-me o sangue
Penetrar-me por entre os ossos

Que mal me podes fazer 
Quando só queres ser minha?
Haverá algum mal
Dar-te espaço dentro de mim
Para que prospere um grande amor?

Sento-me à sombra de um sobreiro
Sinto o calor deste Alentejo
Fecho os olhos e inspiro
Os odores deste paraíso
Ao menos o verão é todos os anos

Endoideço com as tuas crónicas
Leio-te entre suores frios e quentes
Diz-me se há algo melhor 
Que toda a raiva e paixão 
Que despertas em mim!

Um dia vai haver tempo para nós
Um dia vai haver tempo para amar
Fecho os olhos, abro os braços
Levanto o rosto, abro a boca
É tempo de te começar a amar