Se as capas grossas dos meus cadernos dobrados,
Fossem, um dia, servir-te mil recados…
Eu estaria agora em ventre dos teus olhos.
Na palma das tuas mãos segredos aos molhos.
Oh Pátria! Minha agonia, por ti desejo…
Perante a janela, descalça te vejo,
Lágrimas que em rios desaguam
Às saudades que perduram.
Vinde de lá salvadora de meu esplendor,
Debruçar-te no meu regaço em flor.
Dividir-te os teus nobres cabelos com minhas unhas,
Glorificar o teu sorriso de doces cunhas.
Emana-te do sol e descai sobre o mar,
O mar do meu coração, pronto para te amar.
Embrulhas os cabelos em calçadas de prata,
E eu me debruço sobre teus lábios que outros lábios mata.
Sou um condenado ao teu fascínio ardente,
Que me dissolve o corpo e me comove a mente.
Visto as roupas que o armário que oferece a escolher
E saio à rua com o meu amor a condizer.